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terça-feira, 23 de novembro de 2010

Eu???

Tenho um medo terrível de mim,  sou praticamente uma terrorista do meu próprio ser, implacavelmente imprevísivel e louca. Por isso,  não percam seu tempo ao falarem de mim, por que eu mesmo já faço isso muito bem, sou especialista nisso, meus segredos dariam o que falar até a próxima década. Sou minha própria inimiga,  eu mesma me condeno e quase sempre estou às turras comigo. Pode acreditar,  não preciso de ninguém pra fazer isso por mim, dispenso qualquer voluntário de plantão.
Confesso que sou um doce,  daqueles que o mel escorre pela boca,  tenho uma carinha de boazinha que convence qualquer coração duro, espalho sorrisos a quem não me conhece, mas existe o lado amargo que enche o saco até do santo, mas acreditem, sou um amor de pessoa. Sou extremamente exigente de mim mesma, falo pouco, mas penso muito, sou basicamente um computador em navegação, e como luto com meus pensamentos.
Acolho o sofrimento como quem acolhe um filho,  sou assim,  sofro por muito tempo até me dá conta que estou perdendo o meu tempo. É incansável isso em mim, me dá ânsia, por isso, muitas vezes prefiro estar apenas comigo. Brigamos muitos, e às vezes me declaro inimiga, mas logo estamos de cara com sorrisos, levanto a bandeira branca. Eu e eu mesma! Uma incrível combinação de atitudes e sentimentos.
Declaro que o meu amor por mim e magnânimo, sim - porque sem mim eu não seria nada, e confesso... Não viveria longe do meu ser,  nos adoramos horrores. Existe uma generosidade escondida em cada gesto gratuito, às vezes mesmo sem merecimento, essa minha cara de boazinha às vezes convence até a mim.
Sou cúmplice de meus próprios erros,  brigo demais com eles, e como são persistentes e chatos, mas eles também me ensinam e sabe o que é melhor? É que meus acertos dão na cara deles, aí me glorifico... ui como é bom.
Minha afinidade é escancarada, sei quando a tenho com a alguém, ela é totalmente de graça e brincalhona, não há quem não me derreta com parceria totalmente espontânea e gratuita.
Meu ciúme extrapola o limite do bom senso -, já me deixei de castigo por isso, mas sou teimosa que é uma coisa, isso também me faz rir de mim mesma. Estranho isso, mas estou em processo de abstenção dele.
Quando sou sentimento, sou mais do que se pode expressar, não consigo uma só palavra do nosso idioma para definir meu amor, amo que esbarrota meu coração, sentimentos se derramam pelo chão, criam raízes e ramos, finca e cresce frondoso e farto.
 Minha comoção está em pauta hoje,  adoro isso em mim,  estou em concordata comigo mesma, mais não me atrevo a discordar,  porque há dias em que merecemos estar de mãos dadas, sem brigas... Assim sei que eu estou em paz comigo mesma e com o mundo.

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