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sexta-feira, 29 de janeiro de 2010


Quantas vezes na vida erramos por considerar o inconsiderável?
Violentamos nosso próprio sentir por razões politicamente corretas. Ignora-se o próprio EU .
Em alguns momentos somos levados a um grito calado, poucos nos ouvem... Apenas nós ouvimos...
Ouvimos o nosso corpo pedindo, nossas vozes silenciadas, nosso pacto mal feito... E então ajoelhados diante de nosso próprio espelho pedimos perdão pelo nada que não foi feito.
O corpo e o coração revelam contradições que nem sempre sabemos ao certo em que divergem, como divergem e por que involuntariamente discordam.
Que estranho é saber sentir e ao mesmo tempo é magnífico conhecer-se de uma forma tão plena e própria, descobre-se outra identidade. Vive-se outro eu.

Revelam-se sonhos incomuns, cheios de querer, de não saber... De vidas. Caminhamos lado a lado com o anseio inconsciente do prazer. 
E percebe-se que a criatividade está em viver o imaginário mesmo não sabendo onde ele vive. Se  é em si, no outro... em algum lugar do universo,ou apenas na própria mente. Acha-se o que não se procura.
Esquece-se o medo de permitir, de se mostrar, de sonhar... Esquece-se de alguma coisa que se perdeu entre palavras soltas, mal escritas,levadas pelo momento do sentir.
Então...entre querer,não querer,sonhar e viver...encontra-se também um querer poder que está além de nossas próprias razões,do nosso próprio sentir.E as vezes, nessa curiosa contradição, encontra-se o gozo da vida...da alma...do coração e do corpo. E o EU pede licença a si mesmo para saciar da forma mais completa esse sentir silencioso. Sacia-se!


Por Ana Clea Bezerra

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010





* Poesia escrita em 2006.

Foto: Ana Marques - Site: flyingtime28.wordpress.com

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010



Velhos Postais...

Deixei grudado na parede velhos postais, memórias de um tempo que não volta mais. 
Na parede, envelhecida e úmida, cartas e retratos do meu tempo. Os papéis amarelados perdidos entre tantos recortes,já desgastados e sem vida, não revelam mais nada. 
Na foto desbotada, vejo um coração desenhado e dentro dele dois papéis de chocolates colados.  
Na parede sem cor, vi retratado um velho amor, vi também poemas de Drummond, pedaços de uma canção de Chico -, uma fita do bomfim e um bilhete remendado.  
E olhando de longe aquela parede, tão cheia de retalhos, 
Tão fria... Tão distante... 
Percebi que uma parte de minha vida se transformou em velhos postais, coleção de objetos que não carrego mais. 
E de tudo finda apenas a lembrança, Fica uma saudade de um tempo  
que não me pertence mais.

Ana Clea bezerra

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

FLOR...




O nada nem sempre faz sentido, ou é sentido quando não se tem nada. Versos sem rimas,poesia sem quarteto,tudo fora da ordem natural das coisas.
Conhece-se muito pouco o ser “eu”, ser “nosso”, ser do “outro”, sabe-se nada a respeito de ninguém. Supõe-se, imagina-se... Compõe-se.
Somos espetáculos sem platéia, sozinhos... Esperando no meio do nada um aplauso, um sinal de alguém que esteja ali pelo menos espiando...
A rua está escura, o céu está escuro, os Deuses não ouvem nossos apelos, todos estão recolhidos ao nada, ao tudo... Ao pretender ter, ao querer Ser.
Às vezes somos só momento,e outras vezes só matéria,só carne,só excitação...moramos  em nós,como se não fossemos nós...muda-se o humor, recolhe-se o riso...flui lágrimas,muda-se o rosto,a veste...
Cometem-se crimes, escondem-se os corpos, somos assassinos de nós mesmos... Matamos quem somos, matamos o queremos, o que sonhamos... Matamos sentimentos.
Quem somos não está escrito no livro do destino, não somos descrição de nada, somos composições de nossas atitudes, muitos vezes somos apenas feto, esperando o desenvolver da vida, a maturidade dos órgãos, os traços de quem vamos ser.
Ser humano às vezes dá trabalho... Como seria bom voar, ser pássaro... E se recolher ao ninho. Fugir do mundo, da destruição do homem, do egoísmo, da falta de generosidade.
Fluir... Fluir pelo mundo.
Não encontrei no dicionário quem eu sou, nem nos livros de história que li, nem nos pensamentos dos filósofos... Sou o que nem eu mesmo entendo. Sou interrogação, exclamação...
Sou sempre o querer meu, querer insaciável de mim... Não entendo o que muitas vezes quero, apenas sinto, apenas penetro, em alguns momentos fora de mim.
Desconheço meus instintos, são quase sempre invisíveis aos meus olhos, são apenas instintos abstratos, sem forma... Sem legenda.
Confesso que viver exige esforços, não físicos, mas esforço da alma, do ser. Porque não se vive apenas por viver... Vivemos pra tentar ser feliz, pra amar, pra lutar, pra capitalizar... Enfim... Viver gera um grande cansaço, mas é compensador, e prazeroso... É, sobretudo, encantador.
A vida encanta. Quem não se encanta com ela é porque não sabe viver... Não aprendeu a lutar, não aprendeu a ser. Porque tê-la é um privilégio, e quando se perde... quase nada resta de seu.
Confesso aos deuses que ser VIDA é ser flor, ser semente, brotar, desabrochar, ser regada, multiplicar... Sou flor e tenho o perfume da minha semente.
E descobri que assim sendo,cada um tem seu perfume,seu caule,sua raiz...dividimos a mesma terra,mas entendo que nem sempre somos só beleza,encanto,admiração...somos também o murchar,a semente que não brotou,a terra que não regou.
Enfim, viver requer cuidados,amor,dedicação. Entendi que ser humano é cultivar o perfume que o nosso ser exala entre as pessoas,...ser apenas flor que alegra,perfuma,encanta...delicada e forte.Ser flor pra mim,pra alguém...ou simplesmente  apenas pra ser.



Ana Clea Bezerra

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Sem o que dizer...


Ando sem inspiração hoje,sem muita coisa pra postar,escrever,publicar...então coloquei um escrito de Clarice Lispector que adoro e admiro. Que demonstra um pouco o que sinto hoje.


"Já entrei contigo em comunicação tão forte que deixei de existir sendo. Tu tornas-te um eu. É tão difícil falar e dizer coisas que nunca podem ser ditas. É tão silencioso. Como traduzir o silêncio do encontro real, entre nós dois. Dificílimo contar: olhei pra vc por uns instantes, tais momentos são meu segredo. Houve o que se chama de comunhão perfeita..."

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010




Boa tarde...Hoje estou postando uma reflexão sobre a vida na minha visão.Às vezes algumas coisas que fazem parte da vida, foge um pouco dos olhos de muita gente,refletindo essa atitude em nosso modo de viver.
VIDA...


Hoje, ao amanhecer, fiquei pensando nas diversidades da vida, na contrariedade de quase tudo que nos encaminha a viver.
Esquisito se sentir humana nesse mundo, muitas vezes, cético de tantas coisas. Cético de amor, de sonhos, de objetivos, de verdade e principalmente de amizade.
Não sei enxergar a vida assim, sem  esses ingredientes principais para se viver – talvez o mundo tenha perdido um pouco da paixão pelo tudo, pelas pessoas, por si mesma.
Não caminho nesse rumo estranho, nesse esmo da solidão e nem tão pouco sou vinculada a essa pequena vitrine que o mundo hoje se tornou.
Nossa!   que faremos quando essa vitrine se tornar tão desejada, tão...
Enfim, muitas vezes nos tornamos manequim dessa vitrine, manobrados pela aparência e pelo desejo de outros. Que loucura essa selva de lobos em que vivemos, esquecemos de tanta coisa importante, de coisas tão simples que se tornam tão grandiosas quando percebemos a importância dela. No olhar mais sincero, no abraço mais apertado, no carinho sem medo, no falar aconchegante, até mesmo no silêncio de apenas ouvir o que outro tem a dizer. Pequenos e importantes detalhes da vida, do dia a dia que muitas vezes nos passam despercebidos.
Queria entender tanta coisa -, desvendar tantos mistérios humanos e ser por um minuto imortal. Mas o que nos resta nesse mundo louco é a mortalidade, a certeza de que logo além há algo muito bom nos esperando.
Incertezas e medos nos rodeiam, Sim – isso é humano, e por questão de segundos a fragilidade nos torna um grão de areia, quase invisível e sem identidade.
Mas o que me conforta é que acredito no amor. Esse é o ingrediente principal que falta neste mundo, só ele transforma e nos eleva a um mundo que só os amantes e apaixonados conhecem.
Isso sim é sobre-humano.
Mas o que me faz, hoje, pensar assim, expor tantos conceitos e até mesmo indignidade e a certeza de que a amizade existe nas menores proporções da vida, nos momentos mais impensáveis e impossíveis ela brota como uma flor no deserto árido. Que maravilha encontrar isso, o brotar de pétalas tão ricas em cor e  aroma.
Momentos ruins existem e isso faz parte de nossa vida, mas tentar fazer deles um momento vindouro e pleno em cada detalhe é uma dádiva.
Não tenho vergonha de chorar diante da vida, de me mostrar frágil e impotente, porque no fundo isso me fortalece e me prepara para naufrágios e tempestades, então sei que carrego o meu barco inflável nas costas, ele me sustentará diante desse turbilhão de problemas e não me afundarei.
Assim devemos seguir a vida, sabendo navegar em mares mansos e turbulentos, dessa forma nos tornamos muito mais do que navegadores, mas capitães de nossa própria embarcação chamada “VIDA

domingo, 17 de janeiro de 2010





Hoje é uma data muito especial pra mim, e, embora não tenha tido grandes comemorações, foi um dia em que passei com pessoas importantes  e isso já é uma grande festa. Posto aqui uma crônica sobre a chegada dos meus 33.Viva pra mim!rsrsrsrs

FELIZ 33!
Desde que cheguei aos trinta, já ouvi muitas coisas sobre a chegada dessa idade, coisas boas e não muito b porém, eu adorei chegar nessa casa e concordo com tudo que dizem de bom e por experiência posso dizer que as mulheres quando chegam aos trinta, conseguem ficar  mais lindas, possuem uma virilidade impressionante, são inteligentes, independentes e provocantes. Mas, acima dos trinta, elas vão acrescentando mais beleza a sua idade, são estonteantes e vorazes.
A cada dia que passa essas lindas mulheres, se tornam mais exuberantes, não falo só pela beleza física, mas, especialmente pelo seu comportamento diante da vida, das situações... Enfim, elas são descoladas.
Quando se chega aos trinta, a mulher pára e pensa: ”eita! e agora?” Aí passa um monte de coisas pela cabeça. Mas pode ter certeza, essas mulheres não se intimidam. São corajosas,metem a cara em tudo que querem e acreditam,são argumentativas, teimosas e acima de tudo, são sensíveis e encantadoras.
Elas acharam na sua independência a liberdade de expressão e de atitude. São sonhadoras e ao mesmo tempo realistas. São engenheiras de sua própria vida, decide o que querem fazer, o que vão vestir... São absolutas!
Eu, particularmente, cheguei aos trinta bem melhor do que aos dezoito, a experiência nos torna mulheres mais atraentes, fortes, conhecedoras de si mesmo. E quanto mais anos se passam, mas me adoro. Risos à parte, mas, chegar a essa idade com a energia dos dezoito é inquestionavelmente lindo.
E quanto mais eu conheço mulheres nessa idade, mas me sinto envaidecida pelas nossas conquistas, pelo nosso reconhecimento, competência... Nossa, temos uma lista enorme de qualidades a serem ressaltadas, mas o que transborda mesmo é a nossa força de querer lutar sempre pra ser mais feliz. Conhecemos o medo e a desilusão, e já sofremos muito por amor, amizade... Enfim, quase veteranas da vida e ao mesmo tempo com uma inocência envolvente.
E hoje, escrevo essa crônica, apenas pra brindar pra mim, pra Maria,Joana,Antonia... e tantas outras que hoje também completam mais um ano na casa dos trinta e dizer satisfeita e sem nenhuma ofensa: feliz 33!!!

Ana Clea Bezerra

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010



 - Sabe aqueles dias em que você acorda sem nenhuma inspiração? Pois é...e como não queria ficar sem postar, encontrei em meus arquivos  uma crônica maravilhosa sobre as mulheres, escrita pela jornalista e escritora Martha Medeiros.


Mulheres possíveis


Eu não sirvo de exemplo para nada, mas, se você quer saber
Se isso é possível, me ofereço como piloto de testes.
Sou a Miss Imperfeita, muito prazer.
Uma imperfeita que faz tudo o
que precisa fazer, como boa profissional, mãe e mulher que
também sou: trabalho todos os dias, ganho minha grana, vou
ao supermercado três vezes por semana, decido o cardápio das
refeições, levo os filhos no colégio e busco,
almoço com eles, estudo com eles, telefono para minha mãe
todas as noites, procuro minhas amigas, namoro, viajo, vou
ao cinema, pago minhas contas, respondo a toneladas de e-mails, faço
revisões no dentista, mamografia, caminho meia hora
diariamente, compro flores para casa, providencio os consertos
domésticos, participo de eventos e reuniões ligados à minha
profissão e ainda faço escova toda semana - e as unhas!
E,  entre uma coisa e outra, leio livros.
Portanto, sou ocupada,
mas não uma workaholic.
Por mais disciplinada e
responsável que eu seja, aprendi duas coisinhas que operam
milagres.
Primeiro: a dizer NÃO.
Segundo: a não
sentir um pingo de culpa por dizer NÃO.
Culpa por nada,
aliás.
Existe a Coca Zero, o Fome Zero, o Recruta
Zero.
Pois inclua na sua lista a Culpa
Zero.
Quando você nasceu, nenhum profeta adentrou a sala da
maternidade e lhe apontou o dedo dizendo que a partir
daquele momento
você seria modelo para os outros.
Seu pai e sua mãe,
acredite, não tiveram essa expectativa: tudo o que
desejaram
é que você não chorasse muito durante as madrugadas e
mamasse direitinho.
Você não é Nossa Senhora..
Você é, humildemente, uma mulher.
E, se não
aprender a delegar, a priorizar e a se divertir, bye-bye
vida interessante.
Porque vida interessante não é ter a
agenda lotada, não é ser sempre politicamente correta,
não é topar qualquer projeto por dinheiro, não
é atender a todos e criar para si a falsa impressão de
ser indispensável.
É ter
tempo.
Tempo para fazer nada.
Tempo para fazer
tudo.
Tempo para dançar sozinha na sala.
Tempo para
bisbilhotar uma loja de discos.
Tempo para sumir dois dias com seu
amor.
Três dias.
Cinco dias!
Tempo para uma
massagem.
Tempo para ver a novela.
Tempo para receber aquela sua
amiga que é consultora de produtos de beleza..
Tempo para
fazer um trabalho voluntário.
Tempo para procurar um abajur
novo para seu quarto.
Tempo para conhecer outras  pessoas.
Voltar a estudar.
Para engravidar.
Tempo para escrever um
livro que você nem sabe se um dia será editado.
Tempo,
principalmente, para descobrir que você pode ser
perfeitamente
organizada e profissional sem deixar de existir.
Porque nossa
existência não é contabilizada por um relógio
de ponto ou pela quantidade de memorandos virtuais que
atolam nossa caixa
postal.
Existir, a que será que se destina?
Destina-se a
ter o tempo a favor, e não contra.
A mulher moderna anda muito
antiga. Acredita que, se não for super, se não for mega,
se
não for uma executiva ISO 9000, não será bem
avaliada.
Está tentando provar não-sei-o-quê para
não-sei-quem.
Precisa respeitar o mosaico de si mesma,
privilegiar cada pedacinho de si.
Se o trabalho é um
pedação de sua vida, ótimo!
Nada é mais
elegante, charmoso e inteligente do que ser independente.
Mulher que
se sustenta fica muito mais sexy e muito  mais livre para
ir e vir.
Desde que lembre de separar alguns bons momentos da semana
para usufruir
essa independência, senão é escravidão, a mesma
que nos mantinha trancafiadas em casa, espiando a vida pela
janela.
Desacelerar tem um custo.
Talvez seja preciso esquecer a bolsa
Prada, o hotel decorado pelo Philippe Starck e o batom da
M.A.C.
Mas,
se você precisa vender a alma ao diabo para ter tudo isso,
francamente, está precisando rever seus valores.
E descobrir
que uma bolsa de palha, uma pousadinha rústica à
beira-mar e
o rosto lavado (ok, esqueça o rosto lavado) podem ser
prazeres
cinco estrelas e nos dar uma nova perspectiva sobre o que
é,
afinal, uma vida interessante'.

Martha Medeiros - Jornalista e
escritora

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010



A pedido de alguns seguidores deste blog,estou postando uma crônica  que fala também sobre o homem, já que esse ser também  faz parte do universo feminino.


 A mordida na maça!


Eles juram que mandam, elas até juram que aceitam... E eles juntos juram que vivem felizes. Assim é o amor entre um homem e uma mulher. Compreender? - Talvez.
Que me desculpem os homens, mas nós somos a Eva da vez, afinal nós é que adotamos o ritmo na vida deles, embora eles se neguem, mas reconhecer é preciso. Afinal,nós mordemos a maça primeiro, saímos na frente. E fomos tão curiosas, que da desobediência abrimos os olhos para o mundo.
Tudo bem, e até reconheço, o homem é sim um mal necessário, mesmo contrariando a muitas teorias feministas. Se bem que -, sinceramente, não acredito na história de que as mulheres podem viver a vida toda sem um homem. Até podem... Mas daí a vida inteira sem um braço masculino, sem um beijo forte, sem ao menos, sentir a respiração no pescoço... Ah, essa não acredito. Porém, dizem que se vive muito bem assim, então... Pra que contrariar.
Sem por menores, o homem é um ser que mata e fortalece. Isso mesmo! Dá para entender? Ele nos mata, ao mesmo tempo em que também nos fortalecem. Matam-nos de raiva, de teimosia, de espera e de algo mais que nunca sabemos, mas também nos fazem sentir uma força que eles nem imaginam, e não pensem eles que morremos disso não; eles se enganam quando acham que mesmo nos irritando, nos faz desistir de um próximo ataque. Mas é certo, homens e mulheres vivem às turras, e aos beijos também.
Somos uma Eva revestida de mulher maravilha, isso mesmo, fazemos tudo ao mesmo tempo, mas eles continuam sendo o mesmo adão de sempre. Acreditam realmente que no final da festa são eles que dão às cartas -  risos à parte, eles lá no fundo sabem que somos nós é que estamos no comando. Alguns até se assustam, mas acreditem, estamos na melhor posição do alvo.
Hoje a mulher faz parte de outra classe: a das mulheres bem resolvidas, e os homens até que estão aprendendo a respeitá-las, com suas conquistas, mudanças e temperamento. A mulher moderna já não exige tanto do homem, mas também não suporta exigências, se irrita com cobranças desnecessárias que podem ser resolvidas há dois tempos. A mulher de hoje e tão mais competente quanto qualquer homem de ontem, gostam de futebol, discutem sobre política, economia, filosofia... Ela é o que há de bom. E eles, até admiram e gostam, mas têm outros que não admitem. São poucos os homens que sabem viver a mulher atual, mas há também aqueles que adoram as mulheres de atitudes, fortes, independentes, inteligentes. Aquela imagem de mulher de pia e fogão ficou pra trás. Mas vez por outra eles pisam feio na bola, aí já viu... Dão defeito, e como dão!
Mas o bom disso tudo é que entre tantas diferenças e até desavenças existe um lado que podemos chamar algo em comum: querem viver bem juntos, com suas falhas, conquistas, defeitos. Nesse momento, não importa quem vai morder a maça primeiro, e sim, que podem saboreiá-la juntos.

By Ana Clea Bezerra

terça-feira, 12 de janeiro de 2010


- Oi, pessoal! Estou postando hoje um texto que escrevi em homenagem às mulheres em 2006.Pra minha honra e felicidade, ele foi lido por Ana Maria Braga, no programa MAIS VOCÊ, no dia internacional da mulher. Esse texto já é bem conhecido e já circula entre blogs e sites pela net. Só pra relembrar!


O que é ser mulher...


Um dia me perguntaram como é ser mulher nos dias de hoje e eu respondi que ser mulher é aprender. Percebi que a minha resposta não tinha sido tão clara e satisfatória - tentei me explicar e disse, orgulhosamente, que ao longo de muitos anos a mulher aprendeu a não mais andar de joelho curvado e de cabeça baixa; Aprendeu a levantar sozinha e a enxugar as próprias lágrimas; Ela percebeu que podia ser muito mais do que as pessoas lhe diziam; Que poderia ser grande e tão maior quanto o preconceito; Aprendeu a sentir vontade – a dizer que sente vontade; Aprendeu a tirar a roupa e a se mostrar sem medo e percebeu que também sentia desejos e que gostava de senti-los; E andando com as próprias pernas, ela entendeu que havia espaço suficiente para ela em qualquer lugar e decidiu ocupá-los; Ela não se intimidou com o longo caminho que iria percorrer para fazer com que os outros entendessem que ela tinha direito aos direitos que lhe cabiam; E ela, na sua magnífica força e coragem, aprendeu a ser livre; A gritar quando tem vontade - a chorar quando precisar chorar e a sorrir mesmo quando a situação não permitir sorrir -, mas acima de tudo aprendeu a ser forte; Aprendeu a ter iniciativa e a entrar na fila sem precisar baixar a cabeça pra ninguém. De calça comprida, salto alto - com rosto pintado e cabelos escovados -, ela aprendeu a ser muito mais do que uma mulher vaidosa; Aprendeu a ser idealista, determinada e precisa. Aprendeu a falar alto quando necessário; Mas não foi só isso, ela aprendeu muito mais... Aprendeu com a vida, com a situação, com a dor, a não ser apenas uma reprodutora e esposa, mas sim, que ela é uma parte importante na história, alguém que poderia ultrapassar , com ousadia e coragem, os limites da hierarquia; Ela ensinou aos outros a terem respeito pela sua luta e alguns assim entenderam, outros não; Ela aprendeu a tomar conta de si mesma, a tomar decisões e a não ter medo de dizer: “Eu posso”. Aprendeu que não se deve ter vergonha do sexo, nem de dizer que gosta de sexo; Aprendeu a tomar iniciativa e dizer “NÃO” quando necessário; E percebeu que pode se prevenir e decidir à hora certa de ser mãe sem ser pressionada; E diante dos olhos intimadores dos homens e de tamanha curiosidade, ela levantou a cabeça e mostrou que não era uma boneca de porcelana, mas que podia ser quebrada e que sempre conseguia se juntar sem perder nenhum dos pedaços; Ela aprendeu a amar sem culpa e ensinou o homem a chorar sem receio; Mas o melhor de tudo isso é que ela mostrou ao mundo que uma mulher pode ser muito mais do que uma costela tirada de adão, afinal ela é apenas uma mulher que aprendeu a lutar e a ser feliz sem culpa. E assim, todos nós aprendemos que as mulheres podem e devem transformar a história tradicional da sociedade. Isso é ser mulher!

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Ser...
Lá está ela... Como música, como dança como sintonia de vida. Nada a domina mais do que suas próprias vontades e desejos. Esplendorosamente bela entre choros e risos, entre pumas e fantasias, entre saltos e pé no chão. Nada a torna mais linda do que a simplicidade de ser o que se determina ser e se torna apenas dona de si mesmo, não se opõe a regras, mas também não se prende a elas, sua progressão já não permite a repressão de desejos e a submissão desacelerada do outro. Aprendeu a se conhecer entre tantos adjetivos que a colocaram, aprendeu a ser infinitamente maior do que falavam.
Lá está ela... Como estrela entre tantas noites de lua, entre nuvens negras, entre sombras e entre o clarear de outras. Nada apaga seu brilho, nada converte seu desejo, ela é exploradamente verdadeira.
Diante de sua própria pintura, e da elegância de ser, ela vislumbra inquietamente seus passos que caminham lentamente, mas que pisam em solo conquistado. Assim, ela o explora, o domina e o absorve em todas as suas caminhadas. Esse é seu solo, seu consolo, seu adorno.
Luta,grita,canta... Entre os sons do choro e o soluçar do coração ela se consola entre seus próprios braços, já cansados de tanto peso, mas capazes de sustentá-la em qualquer momento. Sacia-se!
Ela se impõe com a mesma elegância que domina o mundo... Ela sabe sorrir da dor, sabe provocar, sabe instigar o mais voraz desejo... Sabe ser plena, entregue, constante e ao mesmo tempo tênue. Só ela sabe ser como é. Só ela!
By Ana Clea Bezerra

domingo, 10 de janeiro de 2010

ELa SeNtE...


Debruçada sobre seus pensamentos, e submissa os seus desejos, ela protagoniza seu papel mais interessante. Cercada por suas vontades e totalmente despudorada diante de si mesmo, a mestra,  domina a incessante volúpia de prazer que lhe é permitida sentir.
Ela  já não chora tanto, já não sofre tanto; ela - simplesmente ela - se domina como um domador de feras. Incansável são seus desejos e absurdamente lindo é o seu sentir.
Ela é a sua própria inconstância, seu próprio sentir. Ela é ao mesmo tempo brisa e tempestade, seu prazer é voraz, e ela sabe muito bem como torná-lo explicitamente desejado.
Seus medos não a apavoram, nem tampouco a faz menor. Seus medos a fortalecem como máquinas que nos transformam, sua virilidade é esplêndida, tão natural e unica.
Desnuda diante de si, ela se toca como a chuva que molha a flor; descobre-se, não se limita, apenas experimenta as suas descobertas e sorri com seu próprio prazer. Diante do espelho, ela está sobre ela mesma e provoca a libido que se desperta incansavelmente. Ela é apenas mulher que sente.

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