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domingo, 14 de fevereiro de 2010

Encolhida sobre seus próprios pensamentos, a vida parece flertar com a duvida,não há justificativa, apenas atitude. Paralisada sobre si mesmo, o destino não intimida,porque ele não é real. Recolhem-se os sonhos, esquece a a realidade... e caminha para um novo tempo que não é seu.
O  medo parece se esconder entre novos desejos que habita em uma nova casa, o casebre de sonhos e felicidade foi sucumbido pelo sofrimento.Derrubam-se muros, regras... o que resta agora?
Duas vidas,dois apenas,dois sentir...não sei.  O coração duela com a alma, os dois se enfrentam entre o certo e o errado, sente-se frágil, absoluto. Seu sorriso já não é tão largo,mas sorri como quem procura uma nova realidade.
Jura amor a si mesmo,ajoelhada diante do espelho,diante de si. Sente-se submissa àquela imagem refletida. Cria laços.
E ancorada na coragem de ser,brinca com seu coração,faz medo a ele,promete arranca-lo... e sorri.
Impiedosa talvez, a dualidade do sentir a torna assim...e o medo do que os outros podem fazer, a faz testar antes consigo mesmo,como prova de resistência. Torna-se fortaleza.Promete não mais sofrer.
Deitada sobre seu próprio corpo,quieta feito feto, ela se sente totalmente desnuda como se ela mesma fosse mãe e filha,e encolhida sobre seus pensamentos ela se reconhece viva...volta a ter sonhos,cuida de seu coração e alenta sua alma...ela é fiel a si e procura o amor dentro de suas duvidas. Ela renasce. 


Ana Clea Bezerra

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